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    1 year ago
    • Comecei a semana já com Il Gattopardo (1963) do Luchino Visconti, e caralho que filme! Visconti ainda não errou comigo. Esse não só é extremamente inteligente, mas o jeito em que ele te faz sentir a exaustão e ressentimento na hora final (que funciona quase como o La Dolce Vita do Fellini mas em miniatura) é genial. Um filme maravilhoso pra quem tem 3 horas pra gastar e quer se sentir mal o resto da semana.
    • Fui me acalmar com Evil Dead (2013) por Fede Álvares (será que ele fede mesmo?). Pela maior parte é uma versão pior do Evil Dead original, mas tem seus momentos… especialmente quando Jene Levy está em foco, aí tudo muda. O final é absolutamente incrível, e possivelmente um dos melhores momentos de toda a franquia. Carrega o resto meio medíocre do filme nas costas.
    • Assisti também Harakiri (1962) por Masaki Kobayashi. Só tinha visto o Ningen no Jouken dele antes, que é considerado sua obra-prima, mas achei longo e lento demais com muito pouco pra me apegar na miséria. Esse aqui por outro lado foi incrível. Absolutamente miserável mas tão excitante e inteligente. O jeito que ele disseca a masculinidade através da imagem do samurai é genial. Eu amo filmes de “processo”, em que um processo de exatidão quase jurídica é definido no começo do filme e a história é contada através dele, e acho que esse aqui é um dos melhores desse estilo. Cada nova regra, nova manipulação, novo jogo político que vai sendo adicionado com o passar do enredo só me excita mais, e o jeito que tudo explode no final é maestroso.
    • Terminei a semana com How to Steal a Million (1966) por William Wyler. Acho o Wyler um diretor EXTREMAMENTE medíocre, mas como sempre a Audrey Hepburn carrega o filme nas costas. A química que ela tem com o Peter O’Tooler aqui é maravilhosa, e apesar da direção não ajudar muito, ela também não atrapalha o poder das atuações e do enredo.